
Daniel Bretz e toda a sua história de superação durante o famoso Caminho de Santiago de Compostela
Daniel Bretz chegou em Dublin em abril de 2015 com um sonho a ser realizado: percorrer o Caminho de Santiago. O Caminho é uma rota de peregrinação há doze séculos que chega até a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, e é considerado Patrimônio da Humanidade.
Porém, para realizar seu objetivo, ele deixou para traz seu emprego na área de manutenção industrial, vendeu seu carro e disse adeus a uma vida de conforto e facilidades que só uma casa de mãe oferece.
Daniel desembarcou em uma cidade desconhecida, com um nível de inglês intermediário e sabia que a partir dali estaria sozinho, sem o apoio da família ou amigos.
Apesar de gostar de fazer as coisas por conta própria, ele sempre questionava a sua capacidade. “Será que eu vou conseguir me virar neste lugar?”, pensava.
Ele sentiu que as coisas poderiam dar certo quando encontrou um quarto para alugar em menos de uma semana. Resolver todos os trâmites em uma língua estrangeira já significava muito para ele.
Mas entre as aulas de inglês e os passeios pela Irlanda, outra dúvida rondava o seu dia a dia: “Será que vou ser capaz de completar o Caminho de Santiago?”.
No Brasil, cinco amigos de Bretz já estavam em fase de planejamento da maior aventura da vida deles. Eles se encontrariam na França, e como não queria correr o risco de colocar tudo a perder, começou o treinamento três meses antes da viagem.
“Minha rotina incluía exercícios na academia, cuidados com a alimentação e corrida. Nesse meio tempo adoeci, tive que tomar antibióticos e machuquei o joelho.
Mais uma vez pensei no pior, mas não me deixei abater e continuei focado no meu objetivo.”
E após muita preparação, chegou o grande dia. A jornada começou em St. Jean Pied de Port, no sul da França. Até Santiago de Compostela, na Espanha, foram mais de 900 km pedalados e 14 dias cruzando belas cidades, vilarejos medievais e paisagens que Daniel nunca esquecerá.
“O vinho, o jamón e a fartura das refeições espanholas também ficarão guardados na memória, assim como a hospitalidade e o espírito de companheirismo entre os peregrinos.
Dormi em albergues privados e públicos, tive a experiência de passar a noite em um mosteiro e acordar ao som de canto gregoriano.”
Para ele, o mais importante é que conheceu novas histórias e também se conheceu. Durante o percurso, um dos seus amigos também machucou o joelho e Daniel carregou o alforje dele em sua bicicleta, pedalando contra o vento, com cerca de 15 kg a mais do que estava acostumado.
“Ao chegar em Santiago, a emoção foi intensa. Um sonho realizado! Acredito que ao se colocar naquela situação de sofrimento, cada pessoa tem um propósito e o meu era acreditar mais em mim e entender que sou capaz de alcançar todos os meus sonhos.”
Segundo Daniel, os peregrinos costumam praticar alguns ritos diferentes durante o caminho, como fazer uma cruz de madeira ou queimar uma peça de roupa ao fim da jornada.
O seu foi carregar uma pedra, representando o materialismo, e jogá-la de costas para a Cruz de Fierro.
“Recomecei a minha caminhada sem olhar para trás e hoje me considero mais desapegado, dando valor ao que realmente importa na vida.”
Ao longo desta viagem, ele pode fazer amizades e conexões com pessoas do mundo inteiro. Nesse ponto, afirma que o inglês foi muito importante, pois foi através dele que se comunicou e conheceu histórias de vida.
Para o futuro, pretende finalizar seu curso na SEDA College, ingressar em um curso superior e percorrer o Caminho de Santiago novamente, mas desta vez a pé.
“Parece muito ambicioso? Que nada! Durante o intercâmbio, aprendi que se eu quero, eu consigo.”
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