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Mãos brasileiras em uma cozinha irlandesa: Thaís Sampaio conta como é ser chef de cozinha em Dublin
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Histórias 12 de setembro de 2016 João Marcos

Mãos brasileiras em uma cozinha irlandesa: Thaís Sampaio conta como é ser chef de cozinha em Dublin

Trabalhar com o que se gosta pode ser muito gratificante, porém se algum detalhe nessa fórmula da felicidade estiver fora dos eixos a experiência deixa de ser prazerosa para se tornar decepcionante.

Foi assim que Thais Sampaio se sentiu ao perceber que trabalhar com culinária no Brasil não a satisfazia mais por completo.

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Foto: Léo Pinheiro

Sua história de amor pela profissão começou desde muito cedo, ainda quando criança. Seus pais cozinhavam muito bem e a família chegou a criar carneiros em Sorocaba, interior de São Paulo.

Thais ajudava a abater os animais junto com seu pai, inventava receitas.

Desde muito jovem aprendi a me relacionar e respeitar a comida. Foi assim que meu contato com a gastronomia começou. De uma forma bruta, mas respeitosa.

Seu pai lhe ensinava sobre carnes e seus cortes, e ela também aprendeu a fazer linguiça com ele. Com quinze anos, começou a participar de cursos de gastronomia no Senac e palestras com chefes brasileiros.

Fazer faculdade de gastronomia parecia um caminho natural, mas não foi bem assim. Thais tentou outra formação antes, cursando dois anos de economia, mas sem terminar.

Chutei o pau da barraca e fui então fazer gastronomia.

Já formada, trabalhava até dezesseis horas por dia e para ela o retorno financeiro era ridículo, mesmo para uma pessoa tão jovem na carreira como ela.

Porém, apesar de jovem na carreira ela já havia trabalhado em restaurantes desde o segundo mês da faculdade.

El trabajo del chef brasileña Thais Sampaio en el restaurante Farmer Browns en Dublín Irlanda.
Foto: Léo Pinheiro

A vida no Brasil para quem trabalha com gastronomia não é fácil, e chegou um momento em que eu não achava mais que tinha o retorno esperado.

Estava trabalhando muito, e ganhando pouco. Eu sinceramente estava começando a não saber o que fazer.

No final de 2013 é quando Thais começa a se sentir triste e a ficar meio depressiva por acreditar ter estacionado profissionalmente.

Foi aí que resolveu sair do país. Então, ela conversou com sua tia, que considerava como uma segunda mãe, para pedir orientação.

Falar inglês nunca foi minha prioridade. Meu intercâmbio era mais para ter uma experiência gastronômica, cultural e profissional no exterior.

Trabalhar em uma cozinha fora do Brasil era mais importante do que para aprender uma segunda língua. O inglês foi uma consequência.

Thais Sampaio escolheu Dublin, mas antes a ideia era ir para Itália ou França, porém a permanência por lá seria complicada, já que o visto de trabalho é difícil e os valores dos cursos são altos.

Amigos que estiveram na Irlanda me falaram que seria possível conseguir um emprego na minha área.

Então vim para cá para conhecer a cozinha local, aprender a trabalhar com os ingredientes irlandeses, fazer uma culinária totalmente diferente da minha. Era um desafio!

Em Dublin, ela foi aluna da Seda College, e seu inglês que era péssimo, evoluiu com as aulas. Segundo a chef, ela teve muita sorte, pois trabalha no mesmo emprego desde seu segundo mês na cidade, nunca precisando procurar outro.

Com meu inglês, que era horrível, as proprietárias do restaurante que estou, o Farmer Browns, me deram uma vaga na cozinha.

Nunca tive um subemprego, me orgulho disso. Assumi de cara uma posição que era similar a minha no Brasil.

Hoje, Thais é responsável pelo jantar no restaurante, e as proprietárias a deixam alternar o menu. O local é considerado com o segundo melhor brunch da Europa e um dos melhores restaurantes de Dublin e da Irlanda.

Tenho muita consciência dessa posição, da responsabilidade que é estar onde estou. Sou jovem, só tenho a crescer e aqui tem sido importantíssimo nisso.

Com essa experiência, o sentimento de ser moradora da cidade só aumentou. O desgosto que ela estava começando a ter no Brasil foi substituído por um prazer imenso em trabalhar na sua área.

El trabajo del chef brasileña Thais Sampaio en el restaurante Farmer Browns en Dublín Irlanda.
Foto: Léo Pinheiro

Mas mesmo com sorte, ela teve que enfrentar algumas barreiras. Como a cozinha é um lugar masculino, bruto, ela teve que se impor por ser mulher.

Além disso, teve que mostrar que também tinha responsabilidade para assumir uma cozinha, e para completar, superar a dificuldade da língua.

Não tinha mais tempo para lamentar, tive que trabalhar. A mulher na cozinha de um grande restaurante tem que ser casca grossa. Eu tive que ser três vezes mais casca grossa para conseguir o que tenho hoje na Irlanda.

 

A chef não pensa em voltar para o Brasil, mesmo que sua experiência a levaria para outra condição no país. Porém, para ela, a economia e o momento não favorecem o retorno.

E XXX confessa que ainda tem um sonho: o de abrir seu próprio açougue. Para isso ela pesquisa sobre cortes de carnes, visita açougues por onde passa, lê e vai atrás sobre como funcionam boas butiques de carne nos países que visita.

Quem sabe logo eu consiga abrir o meu próprio açougue. Quem sabe aqui na Irlanda? Meu lar é aqui afinal.

—

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Tags: chef de cozinha chef de cozinha em dublin subempregos em dublin thais thais sampaio
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Publicitário de formação. Imigrante por opção. Viajante em movimento. Encontrou no Intercâmbio de Sucesso uma forma de unir as duas coisas que mais gosta, escrever e viajar. Divide sua vida entre carimbos novos no passaporte e documentos editados no word.

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