
A história de intercâmbio da Tassi e seu amor por animais que ultrapassa fronteiras
Em Dublin, a possibilidade de trabalhar durante o intercâmbio é um dos muitos atrativos que leva pessoas do mundo todo para a cidade.
Mas você já pensou que pode conseguir um trabalho na mesma área que é formado e agregar ainda mais na sua vida profissional?
Pois é, isso aconteceu com Tassiane Diniz, que vive na Ilha Esmeralda há mais ou menos dois anos.
A história do intercâmbio de Tassi – como é chamada carinhosamente pelos amigos – começou há cerca de três anos, quando decidiu que era hora de realizar o sonho de falar inglês, viver em outro país e conquistar sua independência.
Até então, ela era recém-formada em medicina veterinária, trabalhava como representante comercial, na área veterinária, de uma terceirizada da gigante farmacêutica Bayer e morava com seus pais, em São José dos Campos.
“Embora eu gostasse da minha vida, eu queria mais. Queria, por exemplo, conseguir um emprego melhor, com um inglês melhor.”
Foi aí que ela resolveu deixar o conforto da sua casa e se jogar num intercâmbio que dura até hoje, em Dublin, na Irlanda. E para fazer parte dessa aventura, ela trouxe também o namorado Erik.
Tassi confessa que os primeiros meses foram bem confusos em Dublin. Ao mesmo tempo em que tudo era novo, estranhou bastante o clima chuvoso da cidade e, como não falava nada de inglês, as coisas foram muito mais difíceis na hora de procurar casa ou emprego.
Ela também estranhou a escola, achou o ensino puxado e, até então, nunca tinha tido contato tão direto com gringos.
Mas aos poucos ela foi se acostumando com o clima, escola e foi fazendo novos amigos. Começou a balbuciar algumas coisas em inglês, o que já lhe ajudou a pelo menos na hora de se comunicar.
“Foi assim que saí, com um pouco mais de confiança, para procurar emprego. Não foi nada fácil ver que eu não entendia o que as pessoas falavam quando entregava meus currículos.
Eu estava disposta a trabalhar com qualquer coisa. E como o ditado diz, ‘quem não arrisca, não petisca’, e decidi arriscar entregando currículo em uma clínica veterinária.”
Tassi conta que a experiência foi interessante, porque, mesmo não conseguindo entender direito o que a pessoa que recebeu seu currículo falava, ela percebia que algo estava dando certo.
Conversa vai, conversa vem, pegaram seu currículo e disseram que iriam fazer contato.
“E não é que me chamaram mesmo?! Esse foi um dos dias mais felizes do meu intercâmbio”, relembra.
Como precisaria enfrentar uma burocracia danada para poder trabalhar como médica veterinária na Europa, ela foi contratada como assistente veterinária. Isso porque, o seu diploma não seria válido ali.
Na prática, ela ajuda bastante na parte clínica, aplicação de medicamento e tratamento de feridas, por exemplo. E afirma: “Eu amo o que faço.”
Passado esse tempo em Dublin, ela percebeu o quanto cresceu durante o intercâmbio.
“Parece bobeira, mas não é. Nesse período, eu aprendi muita coisa. Como por exemplo, ser forte.
Digo isso, porque a gente precisa ser muito forte por aqui. São muitas despedidas e, também, situações em que você percebe que, embora você esteja bem financeiramente, com casa, comida e viajando, aqui ainda não é sua casa.”
Além disso, ela conta que aprendeu a lidar com a saudade, que bate até por pequenas coisas, como um churrasco no fim de semana entre amigos e família ou fofocar com sua mãe. “Ahhhh como eu sinto falta!”, conta.
Como resultado, ela acredita que todo mundo deveria passar pela experiência de um intercâmbio para aprender a ter autoconfiança e dar valor às pequenas coisas.
Afinal, é importante lembrar que viver em outro país não se resume apenas a fotos de viagem.
“Existe toda uma vida de abrir mão de algumas coisas, para conquistar outras.
Como por exemplo, deixar o orgulho de lado e se propor a tentar um emprego que você nunca pegaria no Brasil, para poder alcançar algum sonho lá na frente.”
E você também sonha em fazer intercâmbio?
Participe do nosso próximo evento!
Inscreva- se em: https://intercambiodesucesso.com.br/