
DE EXECUTIVA A ATENDENTE – O SUCESSO DE UM INTERCÂMBIO DEPENDE DO QUE VOCÊ PROCURA
Muitas pessoas sonham em ter uma carreira de sucesso, buscam a independência financeira e outras seguranças para ter uma vida confortável.
Mas será que quando você finalmente chega lá, vale à pena? Isabel Nogueira pode afirmar que não.
Izabel trabalhava como gerente de negócios do Mc Donald’s no Brasil, uma trajetória de 20 anos de carreira na mesma empresa.
Era uma executiva de sucesso, com uma grande equipe de funcionários. Pra se ter uma ideia, uns anos antes, ela foi considerada uma das 15 melhores executivas da América Latina.
Porém, chegou o momento em que percebeu que isso não bastava.

Um dia estava olhando minhas fotos e via apenas fotos vazias, sem recordações. Eu não tinha histórias, estava apenas vivendo para trabalhar.
Minhas fotos eram apenas fotos de férias, sem graça. Eu cansei disso, não queria mais.
A partir disso, ela tomou uma decisão que muitos achariam loucura: largar a sua vida estável para viver a incerteza de uma vida no exterior.
Eu tinha que mudar isso. Mas como? E a coragem? Quem larga um emprego que entrou, recém saída da adolescência, e hoje como executiva, por simplesmente por não ter histórias? Eu larguei.
Izabel largou tudo, o emprego bom, o carro do ano, o apartamento recém comprado e a independência financeira.
Tudo isso em troca de histórias para viver. Assim, começou a poupar e preparar sua ida para fora do país.
A Irlanda, com a ideia de aprender uma nova língua, foi a melhor justificativa. Era um caminho que pareceu ótimo para ela.
Existem muitos brasileiros em Dublin, não encarei isso como um problema.
Resolvi ir para uma cidade perto, chamada Dun Laoghaire (se pronuncia “Dan Liri”), onde existiam menos brasileiros, e eu seria naturalmente obrigada a me provar e lógico, falar inglês, nem que fosse a força.
Izabel queria ter a experiência como local e não como intercambista, por isso a opção de se afastar de Dublin. Chegando lá, o primeiro susto foi em relação ao câmbio.
Só com as economias que fiz antes de vir não seria possível viver tranquilamente, tive que arregaçar as mangas e trabalhar.
Mas tinha um detalhe, queria aprender inglês, só que não falava uma palavra na língua. Base zero.
Para resolver o problema de encontrar um emprego sem falar a língua, teve a ideia de procurar algo onde já trabalhava no Brasil e onde tinha experiência, sabia como funcionava a empresa.
Bati na porta do Mc Donalds. Fui até uma loja na O´Connell Street, e conversei com a gerente em um inglês terrível: “I worked at Mc Donalds in Brazil. I was business manager. I need a job!”.
Então ela me pediu para enviar um e-mail com um currículo.
A ex-executiva não acreditou, mas apostou. Porém, queria se destacar e não que seu currículo fosse só mais um recebido. Ela tinha uma carta de referência do Brasil, mas era em português.
Ligou no RH, mas não sentiu segurança que enviariam uma em inglês com a pressa que ela precisava.
Naquela noite, quando foi dormir, lembrou que tinha o vice-presidente do Mc Donald’s no Brasil no Facebook.
Tomou coragem, mandou um inbox explicando toda a situação e perguntou se ele poderia dar uma carta de referência, e se possível que enviasse no e-mail da gerente da loja da O´Connell Street.
Ele me respondeu em menos de cinco minutos. Disse que faria sem problemas, me mandaria também uma carta de referência caso eu precisasse no futuro.
E assim foi. Ele mandou a carta, eu fiz a entrevista e passei.
Hoje, a ex-executiva ajuda na loja. Limpa o chão, ajuda a servir e recolhe bandejas vazias no salão. Voltou ao seu início!
No começo eu me questionava. Confesso que dava até um pouquinho de vergonha, mas eu parava e pensava que era um investimento muito maior.
Por menor que fosse minha conquista eu comecei a valorizar. No mercado, eu já conseguia me comunicar, nossa, isso era lindo. Me sentia campeã no final do dia! Isso está sendo sensacional.
E se perguntarem sobre a volta para o Brasil, ela já sabe a resposta.
Não vou ficar aqui, quem sabe voltar para a mesma empresa, não é um objetivo, mas quero voltar galgando novas posições, voltar transformada e melhor do que sai.
Vou ter uma história legal para contar daqui alguns anos. Minha vida era um livro com páginas em branco. Estou escrevendo ele. Da metade para final, mas estou.
E você também sonha em fazer intercâmbio?
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